A maioria de nós, cristãos, não foi chamado para atuar na esfera da igreja, e por isso, fora das quatro paredes é o lugar que Deus nos chamou para fazer sua obra e o evangelismo no trabalho, é parte disso.
Aliás, nosso campo missionário é o mundo, e é lá que Deus nos chamou para atuar, como filhos de Deus, sendo luz para esse mundo e sendo Seus instrumentos para abençoar a sociedade.
Afinal, Jesus deixou claro a importância de evangelizarmos e fazermos discípulos para ele, até que ele volte.
No entanto, por que quando se trata de evangelismo no trabalho temos tanta dificuldade? Qual a razão de nos sentirmos estranhos ao tentar pregar o evangelho aos nossos colegas de empresa?
Nesse artigo quero responder a essas perguntas, de forma simples e direta, quebrando três paradigmas sobre evangelismo no trabalho. Confira!
Paradigmas Sobre Evangelismo no Trabalho
1. Individualismo: Buscando Bênçãos, Não Propósito
Infelizmente, uma grande parte do povo evangélico possui uma cultura consumista em relação à igreja. São poucas as denominações no Brasil, que buscam viver em comunidade, como os primeiros cristãos de Atos 2:42.
Com isso, a maioria das pessoas simplesmente não evangeliza, pois não estão buscando agradar a Deus e viver Seu chamado como um povo, e sim, ser abençoados de forma individual, procurando a igreja apenas para se livrar de suas lutas e doenças.
Em contrapartida, muitas pastores e líderes, tem ensinado a Bíblia de forma distorcida, e essa distorção da mensagem, centrada na satisfação do eu, se expressa nas letras das canções, nas campanhas temáticas, nas pregações nos púlpitos e nas redes sociais e no estilo de vida dos crentes.
Por isso, o imperativos de Jesus para ir e fazei discípulos, as missões transculturais, a santificação e a preparação da Noiva para a volta de Jesus, são assuntos esquecidos ou no mínimo, marginalizados.
E como consequência, vemos um baixíssimo comprometimento dos cristãos com a Palavra de Deus, quase não existindo mais o evangelismo entre os cristãos comuns.
Por que isso atrapalha o evangelismo no trabalho?
Quando nossa busca na igreja se concentra principalmente em nossas necessidades pessoais, o foco na evangelização e no discipulado fica em segundo plano. E nesse caso, não haverá interesse em se evangelizar no trabalho e em lugar nenhum.
Além disso, se não centralizarmos nossa vida na causa de Cristo, entendendo que somos d’Ele e vivemos para Sua Glória, certamente o evangelismo no trabalho será a ultima coisa que iremos pensar em fazer.
Portanto, peça para Deus te despertar e te capacitar para ama-lo de todo coração e amar também o perdido, como a si mesmo, de acordo com Mateus 22:37-39.
2. A Ideia do Clero: Evangelização é Apenas para os Líderes
Outro paradigma comum que enfrentamos é a crença de que a evangelização é responsabilidade exclusiva dos pastores e líderes da igreja. Muitos cristãos comuns acreditam que não são capazes nem responsáveis por essa tarefa.
Isso não é uma coisa nova. Para falar a verdade, herdamos isso do catolicismo romano, onde até hoje existe o Clero, um grupo de pessoas que estudam a bíblia e pregam para o povo, que são os Leigos.
No entanto, Deus nunca constituiu esses grupos e chamou a todos os cristãos para serem sacerdotes do Senhor, conhecendo-o e se relacionando com Ele a através de sua Palavra, do Espírito Santo e da igreja.
Por que isso atrapalha o evangelismo no trabalho?
Essa mentalidade limita a propagação do Evangelho e a expansão do Reino de Deus. Na verdade, a Bíblia nos ensina que todos somos chamados a ser testemunhas de Cristo (Atos 1:8).
Deus não faz acepção de pessoas e usa cristãos comuns, como você e eu, para alcançar aqueles ao nosso redor. Reconhecer esse paradigma é o primeiro passo para superá-lo.
Então, deixe Deus mudar sua mente e colocar em seu coração um amor intenso por Ele e pelos perdidos, a ponto de você dar a sua vida por essa causa.
3. O Medo de ser o “Chato”
O medo de ser visto como “chato” é outro paradigma que impede a evangelismo no trabalho. Muitos cristãos têm receio de falar sobre sua fé no ambiente profissional devido a experiências de crentes mais imaturos que podem exagerar e parecer invasivos.
Isso leva à omissão e à postura de “cristãos agentes secretos”.
Por que isso atrapalha o evangelismo no trabalho?
O medo de ser “chato” faz com que muitos cristãos permaneçam calados quando poderiam compartilhar o Evangelho de maneira respeitosa e amorosa. O segredo está em encontrar o equilíbrio.
A evangelização não deve ser intrusiva, mas sim uma manifestação natural de nossa fé. Aprendendo a abordar as conversas com sensibilidade e amor, podemos superar esse paradigma.
Meu desafio é que possamos levar a sério o que Paulo recomenda em 2 Timóteo 4: 2 – 4:
“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.
Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos.
Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.”
Quebrando os Paradigmas para Cumprir nossa Missão
Quebrar esses paradigmas sobre o evangelismo no trabalho é essencial para cumprir a missão como filhos de Deus comprometidos com a Sua Causa.
O Evangelismo no trabalho começa com uma mudança de mentalidade, priorizando a ação sobre o comodismo, entendendo que todos somos chamados a ser embaixadores de Cristo, e superando o medo de ser mal interpretado.
Quando entendemos que o evangelismo e o discipulado são parte integrante de nossa fé e vocação, podemos ser eficazes em compartilhar o amor de Cristo onde quer que estejamos.
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